quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cigarro ligado na tomada

Dispositivo eletrônico vem sendo utilizado por fumantes que desejam se livrar do vício


Gabriela Germano e Pâmela Oliveira

Rio - Um método inusitado está virando moda entre os que tentam parar de fumar: o cigarro eletrônico. O aparelho tem uma bateria, emite um vapor ao ser tragado e pode ser encontrado na Internet por cerca de R$ 200. O produto, no entanto, não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser vendido no Brasil, mas já está sendo usado por atores como Marcos Pasquim, o pintor Denis de Caras e Bocas.

“Estou usando o cigarro eletrônico há três semanas. Conheci por meio de um amigo e indiquei a outro amigo ator que também está usando”, disse Pasquim.


O cigarro eletrônico, que foi desenvolvido para ser uma alternativa aos tratamentos tradicionais, porém , pode significar um risco, segundo o médico Ricardo Meirelles, pneumologista do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer.

“Estudos apontam que esse tipo de cigarro não traz benefícios aos que pretendem parar de fumar. Hoje, temos algumas classes de medicamentos que podem ser usados com essa finalidade: adesivos, gomas de mascar e pastilhas de reposição de nicotina e dois outros medicamentos. Mas sempre é preciso acompanhamento médico”, explica.

Meirelles afirma que assim como o chiclete, adesivos e as pastilhas, o cigarro eletrônico tem nicotina na sua formulação. “A nicotina é uma droga e causa dependência”, alerta.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, os que querem parar de fumar podem buscar ajuda em 100 unidades. Informações no (21) 3523-4025. O Centrario, em Botafogo, também oferece o tratamento gratuito. Informações no (21) 2334-8108.

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