domingo, 14 de junho de 2009

‘Santo’ na moda nos EUA

Personagem lendário, cultuado por traficantes de cartéis das drogas no México, vira mania

A guerra de cartéis do tráfico de drogas no México matou mais de 6,2 mil pessoas em 2008. E os criminosos pedem proteção aos céus. O ‘intermediário’ é San Jesus Malverde, reverenciado há um século no México e que agora virou moda nos EUA, levado por imigrantes mexicanos ilegais.



A lenda, não reconhecida pela Igreja, diz que Jesus era uma espécie de ‘Robin Hood’ mexicano, que tirava dos ricos para dar aos pobres, até que a polícia o matasse, em 1909, segundo o sociólogo canadense James H. Creechan, que dá aulas na Universidade Autônoma de Sinaloa, estado de origem de Jesus Malverde.

Apesar de existir por mais de um século, a lenda de Malverde ganha popularidade no momento em que a guerra dos cartéis mexicanos entra numa fase crítica, despertando grande preocupação mundial, inclusive na administração do presidente norte-americano, Barack Obama.

No ano passado, o número de vítimas cresceu 100% em relação ao anterior e, até abril deste ano, 1,1 mil pessoas morreram em crimes relacionados às disputas entre traficantes.

Enquanto isso, a imagem do ‘santo’ vira ícone pop: está sendo estampada em camisetas, adesivos para carros e até rótulos de detergente, entre outros itens. Recentemente, a cervejaria mexicana Minerva lançou a cerveja Jesus Malverde. Sem esquecer do gole para o santo, naturalmente.

Espalhados cartazes com foto de 'Obama palestino' em Israel

Jerusalém (Israel) - No dia em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, faz um discurso que pode ser chave para definir sua postura perante o diálogo de paz com palestinos, cartazes com a imagem do presidente americano, Barack Obama, usando um tradicional lenço palestino, amanheceram colados pelas ruas de Jerusalém.

A divulgação dos pôsteres com a montagem foi atribuída a uma organização extremista judaica contrária a um possível acordo de paz entre israelenses e palestinos.

O governo Obama vem pressionando Netanyahu para que dialogue com os palestinos. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) declarou esperar que o premiê israelense anuncie hoje que aceitará a criação de um Estado palestino e o fim da expansão das colônias judaicas nos territórios ocupados.

As informações são do Terra

Papa pede que ONU seja solidária aos pobres ao debater crise

Itália - O papa Bento XVI pediu neste domingo que a conferência das Nações Unidas sobre a crise econômica mundial, que acontecerá de 24 a 26 de junho, em Nova York, seja realizada sob um espírito de sabedoria e de solidariedade para com os pobres do mundo.

"Invoco aos participantes da conferência, como também aos responsáveis pelas administrações públicas e pelo destino do planeta, um espírito de sabedoria e de humana solidariedade", afirmou o papa na Praça de São Pedro do Vaticano, durante a tradicional reza do "Ângelus".

Esse espírito deve servir para que "a atual crise se transforme em oportunidade" e "seja capaz de viabilizar uma maior atenção à dignidade de todas as pessoas e de promover uma igual distribuição dos recursos e do poder nas decisões, com particular atenção ao, infelizmente, cada vez maior número de pobres", acrescentou.

O pontífice também lembrou "especialmente das centenas de milhões de pessoas que sofrem de fome" na época do feriado de Corpus Christi, que significa "Pão da Vida".

"É uma realidade absolutamente inaceitável, que custa a mudar de dimensões apesar dos esforços das últimas décadas", disse Bento XVI.

O papa acrescentou que espera que na "próxima conferência da ONU e na sede das instituições internacionais sejam tomadas medidas compartilhadas por toda a comunidade internacional" e que "sejam feitas escolhas estratégicas".

Segundo o pontífice, estas medidas podem não ser "fáceis de aceitar", mas são "necessárias" para garantir a todos, no presente e no futuro, "os alimentos fundamentais e uma vida digna". 

As informações são da EFE

Recorde de mortes no ar

No Brasil, 641 morreram em aviões nos últimos 5 anos. Índice é o maior entre 105 países

Brasília - O Brasil foi onde mais gente morreu de acidente aéreo nos últimos cinco anos, em comparação com 104 países que registram acidentes com vítimas no período. O País fica à frente até dos Estados Unidos, que tem 21 vezes mais aviões: 250 mil de frota contra 11.800 aeronaves brasileiras. No último quinquênio, aumentou em 500% o número de acidentes aéreos em território brasileiro, enquanto os EUA reduziram em 70% a quantidade de desastres. Dados do Escritório de Acidentes Aéreos (Acro), de Genebra, Suíça, revelam que quedas de aeronaves em espaço aéreo brasileiro vitimaram 641 pessoas nos últimos cinco anos e 328 nos EUA. O levantamento já incluiu os 228 passageiros do voo 447 da Air France e os 11 que estavam em bimotor que caiu em Trancoso (BA) dia 22 de maio.


No período de 1999 a 2004, o movimento foi inverso: 1.104 americanos foram vítimas de acidentes aéreos, e no Brasil registraram-se 128 mortes. Indonésia, Venezuela, Nigéria, Espanha, Tailândia e Paquistão também apresentaram aumento em suas taxas de acidentes, mas países como China, Congo, Colômbia, Itália, Canadá, a exemplo dos EUA, reduziram as fatalidades aéreas. De 1999 a 2009, houve 11.334 acidentes aéreos, dos quais 16 com aviões da Airbus. Dois deles, do modelo A330, o mesmo da tragédia do voo 447.

FISCALIZAÇÃO FROUXA

O brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero, explica que o Brasil precisa investir em fiscalização das oficinas de manutenção de aeronaves e melhor formação dos pilotos para reduzir os acidentes. “A Anac (Agência Nacional de Aviação) não consegue fiscalizar todas as oficinas. Manutenção de avião e certificado de piloto, essa é a chave para reduzir acidentes”, enfatiza.

O brigadeiro lembra que o Brasil ficou com nota baixa na avaliação do International Civil Aviation Organization (Icao) no quesito sob responsabilidade da Anac, criticada pela limitação na fiscalização de manutenção de aeronaves. Procurada por O DIA, a agência informou que a avaliação geral do Brasil no Icao foi positiva.

FALHA DE MOTOR

Relatório de 2009 do Cenipa (Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos), órgão do Ministério da Defesa, informa que nos últimos 10 anos foram registrados 697 acidentes, ou seja, um avião cai no Brasil a cada cinco dias. A estatística inclui aeronaves pequenas. Segundo o Cenipa, 966 pessoas morreram em acidentes aéreos no País em 10 anos. O número é ainda maior do que o da Acro porque inclui vítimas da aviação agrícola. Os dados do Cenipa são anteriores à queda do Airbus e do avião na Bahia.

O Centro de Prevenção da Aeronáutica mapeou as causas de acidentes aéreos no Brasil e descobriu que o motivo mais recorrente é falha do motor no voo. A segunda é a perda do controle da aeronave, que está diretamente relacionada a fatores psicológicos do piloto.

O acidente

O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo, 31 de maio, às 19h (de Brasília), e deveria chegar ao Aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).

De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.

Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília). Na última sexta-feira foi confirmado, oficialmente, que os destroços encontrados no Oceano Atlântico eram do voo AF 447. Na manhã seguinte, a Marinha e a Aeronáutica localizaram os primeiros corpos das vítimas.

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