Washington (EUA) - Ameaçada por sanções da ONU devido ao teste nuclear do mês passado, a Coreia do Norte comprou uma briga ainda maior com os EUA ontem, ao condenar duas jornalistas norte-americanas a 12 anos de trabalhos forçados. A americana-coreana Euna Lee e a sino-americana Laura Ling, repórteres do canal californiano Current TV, foram detidas no dia 17 de março por terem cometido “atos hostis”, segundo o país comunista, e pela suposta entrada de forma ilegal no território norte-coreano.
Na ocasião, elas estavam fazendo uma reportagem na fronteira entre China e Coreia do Norte. A emissora é dirigida pelo ex-vice-presidente americano Al Gore, que poderá negociar pessoalmente a liberação das jornalistas. Euna e Laura, que ficarão num campo de trabalhos forçados, falaram com as famílias pela última vez dia 26 e estavam apavoradas.
Jornalistas que desejam entrar na Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo, devem solicitar um visto especial, e são estreitamente vigiados. A condenação de ontem, porém, foi considerada mais dura que o normal.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu ontem “clemência” ao governo norte-coreano. O presidente Barack Obama disse estar muito preocupado com o caso.