Moscou (Rússia) - Rússia e Estados Unidos assinarão um acordo de cooperação militar durante a primeira visita a este país do presidente americano, Barack Obama, de 6 a 8 de julho, anunciou hoje o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Nikolai Makarov.
"Definimos os principais aspectos da cooperação militar para 2009 e os próximos anos e temos a intenção de assinar estes documentos durante a visita do presidente dos Estados Unidos a Moscou no começo de julho", assinalou Makarov, segundo as agências russas.
O chefe do Estado-Maior fez este anúncio depois de se reunir na capital russa com o almirante Michael Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, informaram as agências russas.
"A conversa foi exclusivamente sincera e aberta. Falamos bastante dos problemas relacionados com o Oriente Médio, Geórgia, Afeganistão, Paquistão. Na maioria dos assuntos tivemos uma plena compreensão mútua", comentou.
O militar russo ressaltou que as duas partes "tinham prestado considerável atenção ao assunto do escudo antimísseis, especialmente ao desdobramento de uma terceira zona de posicionamento (base de mísseis interceptores) na Polônia", que Moscou considera uma ameaça para sua segurança.
"Também conversamos muito sobre a segurança europeia, a luta contra piratas no Chifre da África e a ameaça nuclear da Coreia do Norte", disse.
Makarov destacou que a reunião de Londres entre Obama e governante russo, Dmitri Medvedev, "impulsionou positivamente a cooperação bilateral", o que foi "confirmado hoje".
"O Ministério da Defesa está disposto a trabalhar em cooperação e espera que sejamos capazes de resolver os assuntos mais problemáticos", indicou.
"As Forças Armadas dos países têm uma rica história de cooperação. Combatemos no mesmo campo de batalha e morremos juntos", disse, por sua vez, Mullen.
"Isto nos permite olhar com otimismo o futuro desenvolvimento das relações, que podem transformar nosso mundo em um lugar onde a vida será tranqüila e estável", acrescentou.
As informações são da EFE