Washington - Se alguém quiser saber o que Barack Obama está fazendo neste momento, é só procurar notícias na internet, mas existe outro lugar onde as pessoas poderão seguir o presidente dos Estados Unidos muito mais de perto: o Twitter. Como centenas de personalidades no mundo todo, Obama se uniu ao fenômeno.
Através do perfil da Casa Branca na rede social, seus colaboradores mantêm o resto do mundo informado sobre as atividades do presidente e outros membros de sua Administração, com mensagens de até 140 caracteres.
Obama ainda não tem tantos seguidores como o ator Ashton Kutcher - 2,3 milhões - ou a cadeia de notícias CNN - 1,9 milhões -, mas a Casa Branca pode comemorar por contar com quase 400 mil seguidores, um número nada desprezível.
Desde que a Casa Branca começou a "twittar", no início de maio, 30 agências estatais já entraram no Facebook. Mais de 25 órgãos oficiais dos EUA contam com canal próprio na rede de vídeos YouTube.
Além disso, a livraria do Congresso postou milhares de fotos históricas no Flickr e até as Forças Armadas têm suas próprias páginas no Facebook e no MySpace.
A Casa Branca também tem um perfil próprio no Facebook, com 253 mil contatos e informação sobre as atividades do presidente, fotos e centenas de comentários.
Em sua página do Twitter, a equipe de Obama promoveu ontem um chat ao vivo com Van Jones, assessor do presidente para "emprego ecológico". Entre as mensagens do presidente Obama deste fim de semana estava, por exemplo, uma reação aos protestos no Irã: "Insistimos ao governo iraniano que pare com todas as atividades violentas e injustas contra seu próprio povo".
"Acho que poderemos perceber um enorme aumento do uso das redes sociais na internet pelo governo", assinalou o diretor de Recursos da Internet e Desenvolvimento entre Agências da Casa Branca, Bev Godwin.
No entanto, o projeto ainda está no início, pois a administração norte-americana esbarra em grandes dificuldades burocráticas na hora de usar as redes sociais e outros serviços na internet. De fato, os advogados do governo tiveram que negociar acordos especiais com cada um destes sites para permitir que a Administração atue nele como um cidadão a mais.
A equipe de comunicações da Casa Branca, por exemplo, não podia divulgar as atividades do governo no Twitter ou no Facebook por causa dos filtros instalados em seus computadores para evitar o uso pessoal destas páginas. Os membros do departamento de Novas Mídias, encarregados de escrever as mensagens, são uma exceção a esta norma.
Além disso, o Ata de Documentos Presidenciais obriga as agências governamentais a manterem uma cópia de tudo o que é publicado no Twitter ou no Facebook, que será arquivado para sempre em forma de email.
Da mesma forma, a Administração guarda cópias de todas as respostas ou comentários dos cidadãos a seus "tweets" ou atualizações do Facebook e será registrado, inclusive, se o usuário é membro destas redes.
As informações são da EFE