Cairo (Egito) - O presidente dos EUA, Barack Obama, fez, no Egito, durante sua primeira visita ao Oriente Médio, mais um discurso histórico. Ele anunciou querer “um novo começo” com o mundo islâmico, defendeu uma aliança com os países muçulmanos para combater o terrorismo e, apesar de ressaltar os laços com Israel, pediu a criação de estado palestino — “a única solução” para o conflito na região.
“Enquanto nossa relação for definida por nossas diferenças, potencializaremos os que cultivam o ódio em vez da paz, e os que promovem o conflito em vez da cooperação”, afirmou Obama, na Universidade do Cairo. Segundo ele, os EUA e o Islã “não precisam competir”, e compartilham princípios como justiça e tolerância.
O presidente lembrou suas próprias experiências, como uma criança que foi criada em um país muçulmano, a Indonésia, e como jovem organizador comunitário em bairros com uma ampla população islâmica. O discurso foi elogiado por dezenas de governos do mundo todo, inclusive o da Autoridade Palestina.
Uma das poucas críticas veio do líder supremo da Revolução Islâmica iraniana, aiatolá Ali Khamenei, que disse que o discurso não é “suficiente”.