Teerã - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, exigiu hoje que Estados Unidos e Reino Unido parem de interferir nos assuntos internos do país, informou a agência estudantil de notícias "Isna". "Eles querem minimizar a grandeza que o povo iraniano alcançou dentro e fora do país após as eleições presidenciais" de 12 de junho, afirmou Ahmadinejad.
"Com estas opiniões prematuras, tirarei-os com toda certeza do círculo de amigos do Irã. Portando, aconselho corrigirem esta postura intervencionista", disse o presidente iraniano. Segundo o chefe de Estado, acusado pela oposição de fraudar as eleições, EUA e Reino Unido não conhecem o povo iraniano e se equivocam ao julgarem "estes eventos que elevam ainda mais a importância da República Islâmica do Irã".
Ahmadinejad afirmou que "no Irã vivem 70 milhões de pessoas que não querem os estrangeiros" e que a Revolução Islâmica alcançará sua cota de grandeza e autoridade nos próximos anos. "Devemos construir um Irã que participe das mudanças internacionais para que estas se baseiem na justiça", acrescentou.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo da Revolução Islâmica, já tinha atribuído às potências estrangeiras os distúrbios que sacodem o Irã desde o anúncio dos resultados eleitorais. Hoje, o ministro de Assuntos Exteriores do país, Manouchehr Mottaki, repetiu a acusação e fez advertências diretas a Reino Unido, França e Alemanha. O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, foi além e disse que os legisladores do país deveriam reconsiderar as relações diplomáticas com estas nações.
Da EFE