Teerã (Irã) - Segundo a organização pró-direitos humanos Anistia Internacional (AI), 15 pessoas já morreram em Teerã durantes os protestos e enfrentamentos entre as forças de segurança e a oposição desde sexta-feira.
O número não é mesmo dos dados oficiais, que afirmam que pelo menos oito pessoas morreram, apesar de uma porta-voz da AI ter afirmado hoje à agência EFE que os 15 mortos estão "confirmados".
A mesma fonte, que atribuiu o número da AI à apuração feita pela organização em função do acompanhamento das notícias sobre os enfrentamentos, ressaltou que a morte de cinco estudantes ainda tem que ser confirmada. "Há informações de que cinco deles são estudantes, mas são informações não confirmadas", disse o porta-voz.
Há uma semana, o Irã é palco de grandes manifestações e enfrentamentos entre as forças de segurança - apoiadas pela milícia islâmica Basij- e a oposição, que denunciou uma fraude nas eleições presidenciais realizadas na sexta-feira.
Os partidários do líder opositor, Mir Hossein Moussavi, discordam dos resultados oficiais que atribuem a vitória ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
Por outro lado, a AI acusou hoje o líder supremo da Revolução Iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, de "legitimar a brutalidade" policial em seu discurso dado hoje em Teerã.
Em seu pronunciamento, Khamenei voltou a apoiar a polêmica vitória eleitoral de Ahmadinejad e qualificou de "inaceitável os enfrentamentos nas ruas".
O líder supremo disse à oposição que ela "será responsável pelo caos" se continuar com seus protestos.
As informações são da EFE